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13 de ago. de 2011

[FIC] O AMOR PODE DAR CERTO - CAPÍTULO 5

Nunca vou esquecer esse dia

Só mais cinco minutos, por favor; pensei comigo mesma ao ouvir minha mãe me gritando para levantar da cama. Não era justo que minha mãe não me deixasse dormir até mais tarde em pleno domingo.
- Querida, vou trabalhar hoje. Horas extras.
- Em domingo?
- Desculpe meu amor, preciso aumentar a nossa renda!
- Está bem mamãe, vá com Deus.
- Obrigada.
Ótimo. O domingo já era intediante com minha mãe em casa, agora ia ser completamente pior. Pensei em chamar Jéssica para vir me visitar, mas lembrei que ela e sua família estão visitando os avós dela em Phoenix. Pensei em chamar Jacob mas ele já estivera me visitando ontem.
Peguei o controle da TV e irritadamente trocava de canal a cada segundo, procurando algo de bom para assistir. Enfim parei de trocar de canal quando vi que estava passando Um amor para recordar... Eu amava esse filme. A garota rejeitada pelo garoto lindo da escola. O garoto que nunca havia se interessado por ela. Um dia eles ficaram juntos e, quem dera eu tivesse essa sorte com Edward.
Pensar em Edward me deixava depressiva, era automático. Por isso, tentava me destrair o tempo todo para que meu pensamento não lembrasse dele. Era inútil. Edward estava nos meus pensamentos o tempo todo. Eu também queria estar nos dele.
Além de eu ter minhas chances esgotadas de ficar com Edward, perdi sua amizade. Já fazia um bom tempo que eu não havia brigado com nenhum amigo... isso acabara de mudar. Será que eu sou tão feia a ponto de Edward não me querer? Peguei meu espelho cuja moldura era de cor lilás, e então olhei para meu reflexo. Nunca me achei feia, mas de fato, Edward poderia mesmo ser muito para mim.
Era o final do filme, eu estava chorando aos prantos. Em geral, qualquer filme de romance me emocionada. Acho que herdei isso da minha mãe. Já era quase noite quando me dei conta de que tinha que fechar a casa, afinal, deixar as portas abertas não era uma ideia muito boa quando moramos em Forks.
'Toc toc toc' ouvi três batidas na porta da frente. Deve ser a mamãe, pensei.
- Mãe, é você?
- Sim querida!
Levantei do sofá onde estava deitada e então fui abrir a porta para mamãe entrar.
- Você chegou tarde. - Lembrei a ela.
- Desculpe Bella, perdi a hora.
Não era agradável que mamãe chegasse em casa essas horas. Era perigoso andar sozinha à noite.
- Mãe.. essa hora não tem nenhum ônibus para cá! - Disse confusa. - Como você veio?
- Ah, peguei carona com o médico do hospital da cidade. Carlisle.
Meus olhos ficaram arregalados no momento em que mamãe disse o nome dele.
- Carlisle Cullen? - Perguntei assustada.
- Sim, ele mesmo. Como você conhece?
- Já ouvi falar no nome dele...
- Bom, isso não importa. Trouxe pizza para o jantar, vamos comer?
- Claro, estou com fome.
Fiquei me perguntando de como mamãe havia conhecido o pai de Edward, mas como ela estava cansada de trabalhar o dia todo, não quis enchê-la de perguntas.
- Mãe, me acorde ás seis horas amanhã por favor. Escola.
- É claro minha filha, durma com Deus.
Ir à escola já não me agradava como antes. Nas últimas semanas, a razão para isso era Edward, mas agora já não havia razão nenhuma. Tudo voltara a ser como antes, a mesma e chata rotina de sempre. Mas isso logo ia acabar, só tinha mais duas semanas de aula.
Querido diário, já é tarde e tenho que dormir. Amanhã tenho aula... Nada de anormal se não fosse o fato de Edward não olhar mais para a minha cara. Preciso tentar falar com ele amanhã, mesmo que ele me dê as costas. Só quero a nossa amizade de volta, quero tudo como era antes. Mas se não fosse pedir demais, eu também queria o coração dele. Queria o amor dele... é, isso é pedir demais. Tchau.
Segunda-feira... a noite de domingo passou voando, eu acho. Mais um dia depressivo e intediante naquela escola.
- Eaí, como vai minha Bella? - Disse Jacob ao me sentar em seu lado no ônibus.
- Oi Jacob. Estou péssima e você? - Respondi com ironia.
- Deixa pra lá, não importa. Até quando você vai ficar assim por causa do Cullen?
- Até ele devolver nossa amizade. - Disse com a cabeça baixa.
Jacob percebendo que eu estava de mau humor, resolveu não me questionar e me deixar quieta. Isso talvez o livrasse de minhas patadas.
Chegando na escola, Jéssica aparentemente preocupada comigo, me abraçou.
- Bella! Você está péssima, por favor, prometa ficar bem.
Ótimo, agora as pessoas resolveram me pedir coisas impossíveis.
- Jéssica... eu não prometo. Sinto muito.
- Argh, eu sabia. Onde está ele?
- Não o vi ainda. - Respondi sabendo que ela estava falando de Edward.
- Ele precisa falar com você. Pro bem de todos.
Jéssica não era muito boa em conhelhos e eu sabia disso. Mas mesmo assim, agradecia por ela estar ao meu lado, mesmo quando meu humor estava péssimo, como hoje...
Quando entrei na sala de aula, meus olhos já estavam procurando por Edward. Eu o achei, ele estava sentado no mesmo lugar de sempre e sozinho. Decidi encarar ele e desabafar, fui até a classe dele e comecei.
- Eu já sei o seu problema. - Comecei falando com agressividade.
- Posso saber de que diabos você está falando? - Retrucou ele.
- Você não deixa com que as pessoas cheguem até você. Prefere viver isolado de todos os alunos, de tudo... Você prefere compartilhar seus problemas com o seu coração de pedra, do que com um amigo. Você não tem nenhum amigo. A única pessoa com quem você fez amizade foi comigo, mas já tratou de acabar com isso. - Quando terminei com meu sermão, me dei conta que meu rosto estava molhado com algumas lágrimas.
- Você não sabe o que está falando, você não sabe com quem está falando. - Disse ele com um tom bravo.
- Eu te conheço, sei que você aparenta ser durão, mas aí dentro, no seu coração, você é o mais lindo que existe. Você é humilde, honesto... mas não dá oportunidades pra ninguém em seu coração.
- É melhor continuarmos a conversa em outro lugar Bella, aqui não.
Ele levantou da cadeira e saiu pela porta. Ao sair, me lançou um olhar me dizendo para seguí-lo. E eu obedeci. Ele caminhava rapidamente e eu o acompanhei. Enfim, ele parou. Nós estávamos nos fundos da escola, onde já não restava nenhum aluno ali. Estávamos sozinhos.
- Bella, eu não sei o que você sente por mim, mas nós dois não podemos ficar juntos.
- Você só sabe dizer isso? Será que pode arrumar outra desculpa? - Eu já estava chorando pior que uma criança.
- Eu não quero sofrer, também não quero que você sofra. Entenda, por favor.
- Será que dá pra você entender?
- Entender o quê? - Retrucou ele.
- O que eu sinto por você... eu jamais gostei de alguém como você.
- Bella, você não tem certeza do que sente.
- Mas que diabos! Edward Cullen eu te amo, por favor, me dê ao menos uma chance. Eu prometo que jamais irei te fazer sofrer.
- O problema não é você, sou eu.
- Pare de conversa fiada por favor. Você não sente nada por mim? - Perguntei desesperada e torcendo para que ele respondesse algo positivo.
- Bella... eu acho que gosto de você.
De repente parecia que meu coração iria sair pela garganta. Eu me perguntei se isso era um sonho ou ser era de fato a realidade.
- Vo-você sente algo por mim – Eu estava gaguejando, perplexa com sua resposta. Eu não estava acreditando no tamanho de minha sorte.
- Bella, desde que eu cheguei nessa escola, a primeira pessoa que meus olhos enxergaram foi você. Eu achava que você poderia ser muito para mim, por isso não resolvi desabafar isso antes. Por isso fui me aproximando de você aos poucos, conquistando sua amizade, e logo depois seu amor. Mas aí eu fiquei decepcionado e pensei em ir embora quando eu via você e Jacob juntos. Eu pensei que você amava ele e que até estavam juntos. Por isso me revoltei e fiquei dias sem sequer olhar direito pra você. Mas percebi que você estava sofrendo também, e por isso estou aqui te dizendo essas palavras. Eu jamais disse isso pra alguma garota, eu confesso.
Eu não sabia o que dizer, havia esperado isso por semanas, esperando que ele me desse uma chance. E isso estava prestes a acontecer, por incrível que pareça.
- Eu te amo. - Sussurrei chorando.
De repente percebi que Edward estava se aproximando de mim, sem dizer nenhuma palavra. Mas eu sabia o que ele iria fazer. Ele ia me beijar, e um frio na barriga começou a surgir. Ele se aproximava devagar, com os olhos com lágrimas. Eu estava olhando profundamente nos olhos deles, esperando que finalmente acontecesse o nosso primeiro beijo.
Sua boca colou na minha, eu podia sentir seus lábios molhados por suas lágrimas, podia sentir o gosto de sal. Ele colocou a mão em minhas cinturas e me puxou para mais perto dele. Devagar, eu coloquei minha mão esquerda em sua nuca e comecei a acariciá-lo. Minha mão direita estava em sua cintura, o agarrando forte. Sua língua encontrou a minha, eu podia sentir seu hálito doce se transportando para a minha boca. Nossas línguas se entrelaçavam enquanto a mão dele apertava minha blusa e cada vez me deixava colada ao corpo dele. Ele então terminou o beijo com um selinho e olhou em meus olhos. Em seu olhar, eu percebi que ele realmente me amava, não era mentira. Quando pensei que suas mãos iriam se separar de minha cintura, ele chegou perto de meu rosto de novo, e dessa vez me deu um beijo na orelha, seguido de uma mordida. Nesse instante meu corpo todo se arrepiou e eu senti sua mão escorregando abaixo de minha cintura, em meu bumbum. Minha mão agarrou a camisa dele com mais força. Eu desejava que esse momento jamais acabasse, eu não queria me separar dele. Queria que meu corpo ficasse colado ao dele. Por fim ele tirou seus lábios de minha orelha e me deu um beijo na testa.
- Bella, eu estou apaixonado por você. E você tem noção do quanto?
- Eu te amo mais. Eu quero você pra sempre.
Ele me beijou de novo, dessa vez ele colocou suas mãos em meu rosto e eu agarrei sua cintura.
Aquele dia fora, sem dúvidas, o melhor dia da minha vida. Eu queria que este se repetisse por todos os outros dias, até que o mundo acabe.

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