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13 de mar. de 2012

CRÍTICA: PATTINSON, UMA ESCOLHA INSPIRADA PARA INTERPRETAR GEORGES DUROY


Estou bastante conflitada em sobre como me sinto quanto a Bel Ami, uma adaptação intermitentemente efetiva e altamente sexual do romance do século 19 de Guy de Maupassant, co-dirigido por diretores teatrais britânicos Declan Donnellan e Nick Ormerod. É um tanto prolixo quanto a lugares e características ou muito ou pouco exagerado à politica do livro (não sei qual), ainda assim é o bastante para se assistir e apresenta atores coadjuvantes de peso. Nele, a estrela de Crepúsculo, Robert Pattinson faz o personagem principal, Georges Duroy, um homem ambicioso e malévolo que emerge ao estilo de Barry Lyndon da pobreza para o apogeu da alta sociedade parisiense por meios de auto-ilusão e amoralidade.
Durante a primeira meia hora, fiquei convencida de que Robert Pattinson havia sido escalado por engano. Além de parecer muito jovem para um veterano de guerra (uma vez que seus colegas todos parecem ser da meia idade) a permanente rispidez e infinito vazio do olhar de Pattinson, parecem fazer uma brincadeira com o fato de que seu personagem inspira afeição amorosa – mesmo que saibamos muito bem que ele estimula esta reação de mulheres longe das câmeras. Ainda assim este parece ser exatamente o objetivo, fazer de Pattinson uma escolha inspirada: As damas gostam de Georges porque ele é bonito porem ele é um barco vazio. A preguiçosa, penosa, analfabeta, desleal e desprovida de graça social burguesia francesa, assume que há algo por detrás de seu olhar que simplesmente não existe. Está a julgamento se Pattinson tem esse nível de alcance como ator, mas ele veste estranha e convincentemente a personagem de Georges.
A primeira a precipitar sua ascenção é Madeleine (Uma Thurman), mulher altamente politizada de um jornalista, que escreve vários artigos influentes em seu nome, emprestando a ele um sentido vicário de poder e importância. Madeleine é o poder ferozmente independente nos bastidores de uma sociedade que não abertamente esconde as opiniões políticas das mulheres. Georges também seduz a mulher de outro membro da “camada superior” Clotilde (especialmente arrebatadora Christina Ricci) levando-a para cama, porém, sendo extremamente casual para com o seu afeto, apesar de seu apoio e fé intermináveis a ele. Mais tarde, Georges tem ainda outra amante, Madame Walter (uma Kristens Scott-Thomas mal utilizada), mulher mais velha e infeliz com quem ele dorme a fim de irritar seu marido, o rival de negócios (Colm Meaney).
Georges é um homem de poucos talentos, ainda assim sente um senso de direito adquirido, nutrindo um amargo ressentimento contra aqueles em quem percebe desprezo. Esta história de um personagem profundamente antipático, potencialmente fadado à infelicidade por sua própria busca ilimitada de status, é interessante assim como o próprio filme. Apesar de ”Bel Ami” ser “pesado” – apimentado com diálogos pesados interpretados por atores pronunciando rígido sotaque britânico na tentativa de interpretar personagens franceses – e extremamente polido, evitando mostrar excessivamente a pobreza que se dá  e  acentuando a ânsia desesperada de Georges de ascender no mundo não importando o custo para a sua felicidade pessoal. Indiscutivelmente, com sua ênfase em espartilhos finamente bordados e cenas do traseiro de Pattinson, o filme é tão superficial e arrogante como seu protagonista.

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